De coração pesado…

De coração pesado…

Hoje é um dia, em que por dentro e por fora estou como o tempo: nublado e chuvoso. Passei o dia a preparar-vos mais algumas coisas, novos formatos para vos fazer chegar as novidades, mas sempre de coração pesado. O dia, e o trabalho, arrastou-se, com o peso do velho PC (porque o pobre pobre portátil de que vos falava há um ano, não fritou mas já não aguenta a pedalada), mas principalmente com o peso da partida de uma pessoa que me era imensamente querida. Um misto de emoções, NÃO, diferentes tipos de dor, mágoa! ressaltam no peito de um lado para o outro. Apertam, estrangulam, fazem transbordar os olhos… A minha capacidade de vos escrever hoje, pelo menos na perspetiva positiva e por vezes efervescente do costume, está comprometida. É uma dor tão grande, uma mágoa tão grande que nem vos sei dizer… É a perda de alguém que se ama, a perda de uma referência da vida, a perda de um bocado da infância que me é arrancado agora do peito, é a perda da oportunidade, do momento, em que as coisas voltariam a ser o que eram: a cumplicidade, o amor, o carinho… tudo suspenso ao longo de 20 anos de mágoa, de tristeza, de ausência e que agora nunca mais serão recuperáveis… morre a pessoa mas fica a dor da separação precoce, incompreensível, que nunca foi reparada, mesmo depois de se tentar. O que era não voltou mais a ser e não será nunca nunca mais… Depois dessa separação, que nunca compreendi e sempre me marcou com imensa mágoa, houve uma reaproximação, mas a mágoa sempre pairou, e o profundo amor que sempre senti, não conseguia vedar as brechas da relação e nunca mais senti o à-vontade, a cumplicidade que tinha havido antes… Não estou capaz de vos transpor isto para uma lição de vida, para um previnam-se ou remedeiem ou não se deixem ficar, como de costume. Talvez no próximo artigo do nosso blogue, talvez. Desta vez não consigo Be my self – Be my best – Enjoy my life….